Os mercados mundiais receberam suporte no final da terça-feira, mas no geral continuam em uma tendência lateral, contra o cenário de diversas tendências mutuamente exclusivas, que afetam eles e não permitem que obtenham uma vantagem.

Que fatores mutuamente exclusivos afetam os mercados?

O primeiro fator principal apoiando-os não tem precedentes, na história de medidas para estimular as economias nacionais dos maiores bancos do mundo, liderados pelo Fed. O bombeamento dos sistemas financeiros locais, com uma grande quantidade de liquidez pela compra de diversos crescimentos de ativos e programas de incentivo, já levaram a um aumento injustificado na demanda por ações de empresas e ao crescimento de índices de ações. O mar infinito de liquidez não permite que os mercados de ações entrem em colapso sob a pressão dos problemas da pandemia da COVID-19, a desaceleração no crescimento econômico da China, Estados Unidos e Europa. Os investidores estão cientes de que há uma grande quantia de dinheiro no mercado, o que te permite comprar instantaneamente quaisquer rebaixamentos pequenos.

O principal fator negativo que suprime o crescimento irreprimível dos índices de ações, é o risco de uma mudança brusca nas taxas monetárias desses mesmos bancos centrais depois dos EUA. O motivo disso pode ser o forte aumento na inflação americana nos últimos 13 anos. No momento, de acordo com os últimos dados, ela está no nível de 5,4%, que é significativamente mais alto que o nível aceitável de 2,0%.

Por que os mercados têm tanto medo de uma mudança na política monetária do Fed?

Apesar do fato de que o regulador americano é constantemente representado por seu líder, J. Powell aponta que o rumo da política monetária permanecerá igual, o período de tempo necessário para a recuperação do mercado de trabalho e crescimento econômico geral permanecerá, os investidores estão cientes de que a continuidade do crescimento inflacionário se tornará um risco dela transformar-se em uma hiperinflação, com todas as consequências. Se as autoridades americanas não pararem de apoiar a população, continuarem com o "helicóptero", uma catástrofe será inevitável. A pressão da pandemia, o estilo de vida parasitário de grandes partes da população americana, vivendo dos benefícios do desemprego e a ajuda financeira de Biden, não permitirão a mudança da situação no mercado de trabalho, portanto, no geral, a inflação não descerá.

É por isso que continuamos observando o cenário corrente, quase imutável, nos mercados com o tempo. Acreditamos que ele não mudará até o final do mês.

Hoje, o foco estará na publicação dos dados de empregos ADP nos Estados Unidos. Espera-se que o número de novos empregos aumente de 692.000 em junho para 695.000 em julho. Os valores dos índices da atividade de negócios, nos setores de não fabricação e de serviços, assim como os valores do índice dos gestores de compras para o setor de não fabricação, do Institute of Supply (ISM) também serão apresentados.

Como o mercado reagirá aos dados publicados?

Acreditamos que os valores menores levarão às vendas no mercado de ações, não apenas nos Estados Unidos, mas também em outras plataformas de negociação, para uma diminuição no valor de ativos de commodities e, curiosamente, para um aumento no dólar, que será visto como uma moeda de refúgio, junto do yen japonês e do franco suíço. Mas se imaginarmos que os dados, como um todo, serão repentinamente positivos, então veremos um aumento da demanda por ativos de risco e uma queda no dólar, depois de seu ligeiro fortalecimento contra o cenário dos valores do ADP. Mas também, todos os movimentos no geral permanecerão limitados, devido à influência contínua os fatores descritos acima.

Previsão do dia:

O par USD/JPY está consolidando-se abaixo da marca de 109,20, na antecipação da publicação das estatísticas econômicas dos Estados Unidos. Se forem piores que o esperado, isso levará à continuação da queda do par para 108,60.

O par XAU/USD permanece em uma faixa ampla de 1793,00 a 1833,00. O enfraquecimento do dólar na onda de dados positivos dos EUA, levará a um aumento no par, para 1833,00. Ao mesmo tempo, se forem motivadores e o dólar receber suporte, o par cairá para 1793,00, continuando na faixa.