Desde a retomada, os rebeldes desenvolveram uma rápida ofensiva em todo o Afeganistão. No domingo passado, a grande mídia noticiou que o grupo militante controlava todos os postos da fronteira. O presidente Ashraf Ghani conseguiu fugir do país, enquanto o vice-presidente Amrullah Saleh, como chefe de Estado interino, tentou desesperadamente organizar a resistência aos militantes nas regiões do norte da capital.
Afinal de contas, com que tipo de economia o Talibã acabou? A economia afegã é estimada em menos de 20 bilhões de dólares. De acordo com o Banco Mundial, de 2015 a 2020, o crescimento médio anual da economia afegã despencou. Assim, de 2003 a 2012, o crescimento econômico foi em média de cerca de 9,4%, o que foi em grande parte contribuído pelo comércio internacional. No final do ano passado, o Produto Interno Bruto do país montanhoso e de outros estados, diminuiu significativamente em até 5% devido à crise do coronavírus.
A população do país localizado no centro da Ásia é de 40 milhões de pessoas. No ano passado, o tamanho de sua economia em termos de dólares e a preços atuais foi de 19,8 bilhões de dólares. Daremos um exemplo para ter uma melhor compreensão desta situação: A Bósnia e Herzegovina tem aproximadamente o mesmo tamanho de economia, mas foi projetada para 3,3 milhões de pessoas; a Islândia tem uma economia um pouco maior (US$ 21,7 bilhões) e está projetada para menos de 500 mil pessoas. O PIB do Afeganistão é de US$ 509 per capita.
A maior parte do PIB é fornecida pelo setor de serviços (56%), seguido pela agricultura (27%). O setor privado está em um nível baixo. A maioria da população está empregada no setor agrícola.
Isto se deve a uma redução significativa do contingente militar estrangeiro. A redução de subsídios reduziu a variedade de serviços disponíveis no país e piorou drasticamente a situação no mercado de trabalho.
De acordo com dados do Banco Central, a dívida externa do Afeganistão totalizou aproximadamente US$ 6,5 bilhões até o incio do ano passado.
No final de abril de 2021, as reservas internacionais do Afeganistão eram de cerca de US$ 9,4 bilhões. Agora é provável que sejam utilizadas pelo Talibã. Entretanto, tudo o que está fora das fronteiras do país está sob sanções.
De acordo com dados do Banco Mundial, em 2019, o Afeganistão tinha uma exportação total de US$ 870. Mas o valor total das importações é muito maior, é de cerca de 8,6 bilhões de dólares. O Afeganistão compra turfa, produtos petrolíferos e plantas brutas de países como Índia, Irã, Paquistão e Turquia.
Desde que o Talibã assumiu o controle do país, o mundo ficou abalado pela violência alarmante contra as mulheres afegãs que antes tinham o direito de trabalhar e estudar. Hoje, de acordo com a emissora de televisão Al Jazeera, em algumas áreas o Talibã já ordenou que as funcionárias do banco deixassem seus empregos e voltassem para casa.
E como as pessoas no Afeganistão se sentiam quando as tropas da OTAN e americanas estavam lá?
Segundo a versão oficial, Washington estava combatendo o terrorismo internacional e suprimindo o tráfico de drogas. No entanto, há outra opinião. Patrushev insiste que nos últimos 20 anos, Washington criou um laboratório de drogas de escala mundial no Afeganistão, e a produção de opiáceos aumentou mais de 40 vezes. Não houve treinamento militar para o exército, a polícia ou as forças de segurança afegãs, portanto, os militares moralmente e psicologicamente decompostos se renderam sem lutar. O governo americano gastou uma grande soma de dinheiro na manutenção de suas tropas. De acordo com Patrushev, a população afegã comum foi deixada na pobreza extrema.
Os seguintes números estão abaixo: a taxa de pobreza do país aumentou de 60% em 2013 para 85% em 2020. A acreditar nos dados da pesquisa, a mortalidade materna diminuiu de 1.450 mortes por 100.000 nascimentos em 2000 e para 638 em 2018.
No entanto, Gerhard Schroeder, ex-chanceler alemão e atual presidente da Rosneft, está convencido de que os últimos quatro presidentes dos EUA são os culpados pelo que está acontecendo hoje no Afeganistão. Ele disse que o governo dos EUA deveria assumir a responsabilidade por eventos dramáticos neste país. Schroeder acredita que os EUA escolheram a estratégia errada no Afeganistão. As operações militares no país foram iniciadas com a ajuda do governo dos EUA sob falso pretexto. Isto resultou em uma desestabilização da situação no Oriente Médio.
Atualmente, tornou-se público que os Talibãs convidaram as potências mundiais a participar da reconstrução do Afeganistão e do desenvolvimento de seus recursos naturais. Isto foi anunciado pelo representante do escritório político do Catar, Mohammad Sohail Shaheen.
